Foi assim que me senti quando entrei na faculdade aos 17 anos de idade, como se estivesse saindo de um casulo e acordando pra vida.
Apesar da pouca idade e da "responsa" de carregar nas costas a missão de concluir o curso que será a minha profissão para o resto da vida, ou pelo menos pensei que fosse, na época não via muitas alternativas, a cabeça era pequena demais, os sonhos ainda infantis grandes demais da típica adolescente que quer sair pelo mundo fazendo amizades e aprendendo sobre novas culturas, viajando e aproveitando tudo o que há de bom.(Uns tem mais sorte outros não). Mas de repente veio esse Boom! E a responsabilidade me chamou a tona, os professores na sala logo no primeiro dia de aula, já desanimavam a turma, dizendo que a estatística de emprego para nossa área não era boa, e eu pensei : O que estou fazendo aqui então? Realmente eu não sabia, mas queria continuar, já que tinha começado, decidi ir até o fim. Conheci muitas pessoas novas e velhas também, umas legais, outras nem tanto, eu estava em um mundo de adulto onde as pessoas fingiam ser legais quando queriam tirar nota no trabalho e nas provas e ou então quando iam para o bar (sempre tem um bar perto de faculdade e muitas histórias pra contar rs). Confesso que sofri com tudo isso, pois no colégio ainda dava para ter pelo menos uma amiga, ali percebi que estava sozinha, era eu quem tinha que cuidar de mim, e que o mundo não era aquela bolha cor-de-rosa de onde saí.
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